“Eu entendo que basta o homem público querer. Basta o cidadão que está no palácio ocupando o cargo de governador querer, formando uma equipe técnica humanizada e com sensibilização para fazer com que a população tenha acesso aos serviços de saúde com qualidade em nosso Estado”.

Foi o que disse na manhã desta terça-feira (16), a farmacêutica Lérida Maria dos Santos Vieira, na 127ª Reunião Extraordinária do Conselho Estadual de Saúde (CES),  no Rondon Palace Hotel, em Porto Velho, para ouvir as propostas dos candidatos ao governo Expedito Neto (PSDB) e o Coronel Marcos Rocha (PSL). Lérida Vieira representa o Conselho Regional de Farmácia de Rondônia (CRF-RO) no CES.

Devido ao cumprimento de agenda no interior do Estado, coronel Marcos Rocha não compareceu ao evento, que foi encerrado com o governadorável Expedito Júnior assinando Termo de Compromisso com os profissionais da saúde.

Para a conselheira, o maior problema na saúde pública de Rondônia está na desestruturação da atenção básica, que impossibilita o diagnóstico preciso em casos simples, como febre e dor de ouvido, comuns em crianças. “Espero que o senhor, caso eleito governador do Estado de Rondônia, cumpra a palavra de que no seu governo a saúde irá avançar, com a estruturação da atenção básica em todos os municípios, em parceria com as  com os prefeitos”, reforçou.

Ela lamentou o fato de Rondônia ter um dos piores salários do país; e disse que pretende colaborar com o controle social, juntamente com os demais farmacêuticos. “Só em vencimento, senhor candidato, o Amazonas paga 50% a mais que Rondônia aos profissionais da saúde”, citou, completando que a defasagem salarial também reflete na qualidade, pois mexe na autoestima e psicológico dos profissionais.

Por fim, Lérida Vieira ainda fez uma crítica ao PSDB, partido ao qual Expedito Júnior é filiado, lembrando que historicamente ao assumir um governo adota a política da privatização e terceirização. “Espero que não tenhamos que discutir este assunto em seu governo

“Queremos reunir uma equipe técnica da área para debater sobre a melhoria da saúde no Estado, pois somente ouvindo esses profissionais é que podemos fazer melhor”, afirmou o candidato.

Em sua fala, o presidente do CES, Raimundo Nonato, destacou a dificuldade que o Conselho enfrenta em relação às organizações sociais e a organização da sociedade civil em ter parcerias e convênios com todos os níveis de governo e órgãos públicos, seja ele federal, estadual ou municipal.

Já o secretário estadual de Saúde, Luís Eduardo Maiorquim, afirmou que a proposta do candidato deve ser compatível com o que a sociedade entenda como aceitável, e observou que não se faz saúde pública somente com capacidade técnica, dedicação ou formatação de equipe, mas, tambem, com recursos financeiros.

Fonte: CRF-RO
Texto: Assessoria CRF-RO