A atuação clínica tem respaldo regulamentar já há três anos, desde a publicação das resoluções de números 585 e 586/13, e foi reforçada pela mudança do conceito de farmácia no Brasil a partir da publicação da Lei 13.021/14. Mas muitos farmacêuticos, embora tenham interesse, ainda têm dúvidas sobre como aplicar a legislação vigente. Na tentativa de esclarecer questionamentos a respeito do tema, foi realizada na tarde dessa quinta-feira (24), durante o 6º Congresso Norte e Nordeste de Ciências Farmacêuticas, em Belém (PA) a mesa-redonda “Estratégias para abertura de consultório”, mediada pelo farmacêutico Henrique Vogado, presidente da Comissão de Ética do CRF-PA.

O presidente do CRF-RO, Adelmo Clementino; e a conselheira federal, Lérida Vieira; e o secretário-geral do CRO-RO, Nelson Pereira Júnior, participam do evento que termina nesta sexta-feira (25).

O presidente do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Walter da Silva Jorge João, salientou que, no processo de resgate da atuação clínica do farmacêutico, o papel do conselho é e sempre será de articulação política. “A par da atribuição legal que o conselho tem, de regulamentar a atuação do farmacêutico, nosso compromisso é também trabalhar politicamente pela viabilidade de condições para a aplicação das normas aprovadas pelo Plenário”, salientou. “E, pelo que a profissão evoluiu nos últimos quatro anos e meio, tenho convicção que temos atendido plenamente as expectativas da categoria.”

O presidente do CRF-SP, Pedro Eduardo Menegasso, falou sobre a importância de o farmacêutico conhecer o arcabouço legal e normativo e também de se qualificar para o exercício da prática clínica. “Leia as resoluções, conheça as leis e se prepare adequadamente antes de ofertar qualquer serviço. Pergunte-se sempre, o que posso fazer e como posso fazer”, orientou.

Para o farmacêutico Laércio Batista Júnior, proprietário de farmácia e presidente da Associação de Farmacêuticos Proprietários de Farmácia do Brasil (AFPFB), o recente arcabouço legal que respalda a atuação clínica do farmacêutico veio atender uma expectativa de pelo menos 15 anos. “Esperávamos há muito por isso. E nesse sentido é preciso frisar que foi preciso o atual grupo gestor do CFF assumir para que obtivéssemos essa conquista”, observou. Laércio Batista Júnior finalizou com um recado aos que atuam ou pretendem atuar na área clínica: “valorize-se para ser valorizado”.

Fonte: CFF e CRF-RO