O plenário do Conselho Federal de Farmácia (CFF) aprovou, na 448º Reunião Plenária (dias 14 e 15 de julho), texto de resolução que visa regulamentar a aplicabilidade dos cálculos de correções em insumos utilizados nas preparações farmacêuticas, dentro da competência e âmbito do farmacêutico.

A elaboração da proposta envolveu o Grupo de Trabalho sobre Farmácia Magistral do CFF, o Formulário Nacional/Farmacopeia Brasileira e a Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag).

De acordo com o coordenador do Grupo de Trabalho sobre Farmácia Magistral e conselheiro federal de Farmácia pelo estado do Rio de Janeiro, Alex Sandro Baiense, a normativa é uma ferramenta que deverá ser utilizada pelos fiscais na hora de verificar a aplicabilidade das boas práticas de manipulação. “O farmacêutico já tem o preparo e a competência para fazer esses cálculos de correções, porém, não havia um instrumento para garantir que os profissionais os aplicassem e, por isso, não tínhamos como exigir uma padronização”, afirma Baiense.

Os procedimentos de produção utilizados pelas farmácias magistrais seguem uma ficha de manipulação que contempla todos os cálculos aplicados para corrigir variações apresentadas por um insumo farmacêutico. “Esses cálculos corrigem fatores como umidade, a relação entre molécula base e o seu derivado químico, água de hidratação e diluição. Todos esses problemas que são oriundos do processo da síntese do insumo farmacêutico ativo”, esclarece.

Alex Sandro Baiense lembra, ainda, que a resolução vem para acompanhar um movimento de resgate e expansão na área de farmácias magistrais dentro do universo farmacêutico brasileiro. “A publicação desta resolução por parte do CFF traz uma segurança técnica não só para nós, mas, principalmente para o consumidor e para a saúde pública. A população vai ter medicamentos manipulados muito mais confiáveis e padronizados”.
Fonte: Assessoria CFF