O projeto pedagógico do curso Dispensar, que deve abrir inscrições já no segundo semestre deste ano, foi apresentado na pelo Grupo de Trabalho sobre Farmácias Comunitárias do Conselho Federal de Farmácia (CFF) na quinta-feira (24). Como mais uma iniciativa do conselho para respaldar os farmacêuticos no exercício profissional, o curso terá por proposta capacitar os participantes para este ato, à luz da prática clínica.
Um dos coordenadores da equipe responsável pela organização do curso, o Farmacêutico Genival Araújo dos Santos Júnior, que é também conselheiro federal suplente de Farmácia pelo Estado de Sergipe, explicou que o curso terá carga horária de 60 horas, sendo 20 horas de aulas autoinstrucionais por meio da plataforma edufarma.cff.org.br e 40 de aulas presenciais. “Embora a dispensação seja um ato privativo da categoria desde 1981, quando foi regulamentada pelo Decreto Federal nº 85.878/81, observamos que os farmacêuticos ainda enfrentam desafios na sua execução com a necessária qualidade. As dificuldades ocorrem especialmente diante das transformações pelas quais a profissão tem passado, com a disseminação da prática clínica”.
A ideia de realização do curso Dispensar nasceu de uma proposta da conselheira federal de Farmácia pelo Estado de Sergipe, Fátima Aragão, que é integrante do GT sobre Farmácia Comunitária e atua no segmento há mais de 20 anos. A proposta da conselheira foi submetida ao Plenário durante apresentação do farmacêutico Divaldo Lyra Júnior, em março do ano passado. Doutor em ciências Farmacêuticas e professor da Universidade Federal de Sergipe, ele esteve em Brasília a convite da conselheira, e na oportunidade destacou a importância de qualificar o ato da dispensação.

O professor lembrou que cerca de 80% dos farmacêuticos estão nas farmácias comunitárias ou de manipulação por todo o País, e são eles que, muitas vezes, têm o primeiro contato com um paciente em sua busca por medicamentos para aliviar sinais e sintomas, mesmo sem prescrição, ou para adquirir os produtos prescritos pelo médico. “A dispensação adequada assegura o acesso ao medicamento mais apropriado para a necessidade do paciente, garante a prescrição apropriada e reduz erros de prescrição, além de aumentar o conhecimento e melhorar os resultados para o paciente”, argumentou.

A dispensação realizada de forma adequada é boa para o paciente, para a sociedade e para os sistemas de saúde.

Até o ano passado, o GT sobre Farmácia Comunitária era coordenado pelo conselheiro federal de Farmácia pelo Mato Grosso, José Ricardo Amadio. Ao final da apresentação, ele agradeceu à Diretoria e ao Plenário do CFF pelo suporte à realização do curso, que em sua opinião, oferecerá um grande retorno em termos de desenvolvimento da categoria e de resposta às necessidades de saúde da sociedade.

Fonte: CFF