O tratamento medicamentoso de casos infecciosos necessita ser feito de forma segura para evitar o agravamento do quadro de saúde. Nos casos em que um determinado medicamento é avaliado pelo médico como útil para uma intervenção terapêutica, talvez seja prescrito, caso o paciente não seja alérgico ou tenha alguma outra restrição, claro. No tratamento de contaminações do trato respiratório e geniturinário muitas vezes o antibiótico cefalexina é prescrito, por exemplo, mas é necessário atentar também quanto ao tempo correto do uso.

Este medicamento é um antimicrobiano que compõe o grupo dos betalactâmicos, que por sua vez contempla as penicilinas. No início da década de 1970 foi aprovado nos Estados Unidos da América (EUA), sendo considerado original, ou seja, a cefalexina é a primeira entre as cefalosporinas de primeira geração. A venda do fármaco só é possível sob prescrição médica e retenção da receita no estabelecimento de saúde, pois requer controle. Mesmo sendo considerado bastante seguro e tolerado nos tratamentos devido às experiências ao longo do seu tempo de existência, o uso da cefalexina deve ser feito de maneira racional, como todo medicamento precisa ser utilizado apropriadamente seguindo a dose e o tempo indicado no receituário.

A literatura do medicamento esclarece que sua utilização pode ser realizada preventivamente, antes ou depois de procedimentos cirúrgicos buscando mitigar a possibilidade de infecções no local da intervenção. A atividade do antimicrobiano no organismo é positiva pela sua fácil absorção, ou seja, sua farmacocinética é excelente. O medicamento age como bactericida e o mecanismo de ação da sua farmacodinâmica é um importante fator, pois ele mata a bactéria por meio da inibição da síntese da sua parede celular. “Toda alteração nesse `local` leva a uma desestabilização que resulta na morte da célula”, explica Maria Fernanda Werner, professora do Departamento de Farmacologia da UFPR (Universidade Federal do Paraná) e membro permanente do Programa de Pós-Graduação em Farmacologia.

De acordo com o conselheiro federal de Farmácia pelo estado do Paraná, Gustavo Pires, o medicamento geralmente é prescrito por médicos para tratar infecções como bronquite, cistite (aguda ou crônica), faringite, miosite (infecção muscular), pneumonia, entre outros. “É necessário que o uso do medicamento seja feito corretamente para evitar também a resistência bacteriana ou algum outro tipo de complicação. O farmacêutico é um grande aliado no acompanhamento terapêutico do paciente”, conclui.

Caso tenha interesse sobre o assunto o Ministério da Saúde disponibiliza uma cartilha sobre o uso racional de medicamentos e o Conselho Federal de Farmácia (CFF) também dispõe de materiais educativos em saúde. Fique atualizado.

Conselho Federal de Farmácia (Uso racional de medicamentos: um alerta à população: https://bit.ly/2UinpiI | USO RACIONAL DE MEDICAMENTOS NO CONTEXTO DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: SÓ ACESSO NÃO BASTA!: https://bit.ly/3lnjGMG )

Ministério da Saúdehttp://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_promocao_uso_racional_medicamentos.pdf

Fonte: Comunicação do CFF com informações do Universo Online (UOL)