A Dengvaxia, primeira vacina contra a dengue disponível no Brasil, vai custar de R$ 132,76 a R$ 138,53, dependendo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de cada estado. No Rio, onde a taxa é de 20%, vigorará o preço mais alto. Hospitais e clínicas particulares ainda poderão cobrar um valor adicional pela aplicação.

De acordo com o Ministério da Saúde, não há previsão de compra pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Serão feitos estudos de custo e, caso seja viável, a vacina terá distribuição gratuita no país. O governo do Paraná, porém, anunciou que iniciará campanha de vacinação contra a dengue hoje.

A Dengvaxia, produzida pelo laboratório francês Sanofi Pasteur, é uma imunização recombinante tetravalente, para os quatro sorotipos da doença, produzida com um vírus vivo atenuado. Poderá ser aplicada em pessoas de 9 anos a 45 anos, que tomarão três doses subcutâneas com intervalo de seis meses entre elas.

A vacina não protege 100% dos pacientes, mas, segundo testes feitos pelo governo brasileiro antes de sua aprovação, ocorrida em dezembro de 2015, é capaz de reduzir 81% das internações e 93% dos casos graves. Em média, duas em cada três pessoas ficam imunizadas, segundo a Sanofi. Os testes envolveram 40 mil pessoas em 15 países. No Brasil, foram cerca de 3.500.

ZIKA E MICROCEFALIA NA EUROPA

Também ontem, autoridades de saúde da Espanha divulgaram o nascimento de um bebê com microcefalia relacionada ao vírus zika no país. Trata-se do primeiro caso com estas características na Europa.

E um estudo feito por cientistas americanos e britânicos, divulgado pela revista “Nature Microbiology”, afirma que 93,4 milhões de pessoas podem ser infectadas pelo zika na América Latina e no Caribe até o fim da atual epidemia, incluindo 1,65 milhão de mulheres em idade fértil.

A pesquisa analisou surtos anteriores semelhantes, padrões de transmissão do mosquito Aedes aegypti, condições climáticas, períodos de incubação do vírus e o impacto da imunidade da população. O Brasil lidera a quantidade prevista de infectados, devido ao seu tamanho e às condições naturais da transmissão, com 37,4 milhões de pessoas.
Fonte: O Globo