O assessor da Presidência, Tarcisio José Palhano, representou o CFF no I Congresso Brasileiro Saúde em Libras realizado em Juazeiro (BA), de 22 a 24 de novembro. Durante o evento, promovido pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), a Resolução nº 662/CFF, que estabelece as diretrizes para a atuação do farmacêutico no atendimento à pessoa com deficiência, foi apresentada a cerca de 900 congressistas de 19 estados brasileiros.

De acordo com Deuzilane Muniz Nunes, uma das organizadoras do evento, toda a programação foi pensada com o objetivo contribuir para a formação de estudantes e profissionais da saúde no tocante ao atendimento digno à pessoa surda. “E por atendimento digno entendemos o direito que a pessoa surda tem de ser devidamente acolhida, por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Inúmeros são os casos e relatos de negligência e descaso à saúde da pessoa surda; pessoas que receberam diagnósticos errados, que foram motivos de piada em atendimentos de saúde, entre outras dificuldades. Nossa esperança é ver essa realidade mudar”, disse.

Tarcisio Palhano participou da mesa de debate sobre a temática “E agora o que fazem os profissionais por Sem Libras?”, no último dia do evento, junto de representantes de outros conselhos de classe de profissões da área da saúde, entre eles, o de Fonoaudiologia, o de Medicina, o de Enfermagem e o de Psicologia. Na oportunidade apresentou o texto da Resolução nº 662/18.

“O CFF é o primeiro conselho de classe que atenta para a urgência da atuação profissional junto à pessoa com deficiência; isto é histórico, e a nossa expectativa é que essa apresentação aqui desperte nos demais conselhos de classe o desejo de atuarem na inclusão das pessoas com deficiência”, disse Karla Danielle Luz, presidente da Comissão Organizadora do Congresso.

Tarcisio Palhano lembrou que o CFF segue empenhado na definição de ações para melhorar o atendimento a pessoas com deficiência. “O farmacêutico deve estar comprometido com a missão de realizar um atendimento que seja inclusivo, que faça a diferença no bem-estar e na qualidade de vida das pessoas, sem exceção”, completou.

A próxima etapa de trabalho do CFF acerca de inclusão será a organização de um grupo de trabalho, constituído por especialistas farmacêuticos, intérpretes em Libras e pessoas surdas, para mapear os sinais já existentes e criar os sinais em Libras de termos farmacêuticos que ainda não existem. Será elaborado assim, o primeiro glossário farmacêutico em Libras. Para a primeira etapa, serão priorizados os termos importantes para a promoção do Uso Racional de Medicamentos à comunidade surda.

Fonte: CFF