Partir comprimidos ou triturá-los, para diluí-los em água; retirar o conteúdo das cápsulas e igualmente dissolvê-lo; colocar a drágea sob a língua para ser absorvida, sem a recomendação do profissional da saúde. Estas e outras práticas são corriqueiras e os pacientes ou responsáveis que as adotam apresentam diferentes justificativas, como a de que um comprimido inteiro é muito “forte”, ou que tem dificuldade de deglutir o medicamento.

Os farmacêuticos alertam para os riscos da partição de comprimidos. Argumentam que o ato pode levar à desigualdade entre as partes do comprimido, resultando em variação de dose, perda do produto e o consequente comprometimento do tratamento. Sem contar que essas práticas podem ferir a segurança que o produto deve oferecer. Ao ser desenvolvido, toda a tecnologia específica empregada no medicamento prevê que ele leve para o organismo uma determinada quantidade do princípio ativo, apresente um resultado esperado e ofereça menos efeitos colaterais. Por isto, o medicamento vem em diferentes apresentações.

Por exemplo, os comprimidos revestidos com uma camada protetora mantêm o controle da liberação do princípio ativo e a sua distribuição no organismo. Graças a essa tecnologia, a sua ação não se dá de uma vez, fato que reduz, também, os seus efeitos colaterais. Se partidos, pode haver o comprometimento do seu tempo de absorção e, por conseguinte, afetar a sua ação no organismo. Já os gastrorresistentes passam intactos pelo estômago, não sendo afetados pelos ácidos desse órgão. Isso permite que sejam absorvidos pelo intestino. Quando partidos, esses comprimidos, ao entrarem em contato com o suco gástrico, são inativados e perdem a sua eficácia. Alguns podem irritar a mucosa gástrica e provocar gastrites e úlceras, vez que a tecnologia que os envolve prevê que eles ajam apenas quando estivem nas primeiras porções do intestino.

A partição de comprimidos e outras práticas são o tema da “Entrevista Farmacêutica” que vai ao ar nesta quarta-feira (13), a partir das 15h30, ao vivo, pela “Rádio Nacional da Amazônia” (Ondas Curtas 11.780 KHz e 6.180KHz), emissora da EBC (Empresa Brasil de Comunicação). Esta entrevista será editada e veiculada, também, por uma rede formada por 2.205 emissoras de rádio localizadas, em todo o Brasil e, também, nos Estados Unidos (Flórida e Connecticut), Argentina, Uruguai, Paraguai e Guiana. A rede é liderada pela “Agência Radioweb”.

O ENTREVISTADO – Para falar sobre o assunto, convidamos o DR. JAIRO SOTERO NOGUEIRA DE SOUZA. Ele é farmacêutico, com especialização em Farmácia Hospitalar. É professor de Tecnologia Farmacêutica do curso de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, integra a Comissão de Ensino do Conselho Federal de Farmácia e é conselheiro federal de Farmácia suplente pelo Rio Grande do Norte.

A “Entrevista Farmacêutica” é um esforço conjunto do Conselho Federal de Farmácia (CFF) e da “Rádio Nacional da Amazônia”/EBC e tem o objetivo de levar à população informações em saúde, com um sentido de utilidade pública. É idealizada e produzida pelo jornalista Aloísio Brandão, do CFF, e apresentada pela jornalista Artemisa Azevedo, da EBC.

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Para ter acesso às entrevistas gravadas, entre na página do CFF (www.cff.org.br) e acesse o link para a “Entrevista Farmacêutica”.

Fonte: Assessoria CFF